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Corrimentos

Dr. Alexandre Frederico

Nossa pele é o tecido que separa o meio ambiente dos nossos órgãos internos e está sujeita a agressão de vários microorganismos que podem causar doenças como: fungos e bactérias.

Existem certos locais do nosso organismo onde esta agressão é mais freqüente por serem úmidos ou terem uma temperatura mais elevada como o caso dos órgãos sexuais externos da mulher (a vulva e vagina). As infecções neste local são chamadas de vulvovaginites. Um tipo de classificação se faz pela capacidade do agente agressor produzir secreção, isto é, corrimento (leucorréias = leuco/branco e réia/secreção).

Entre as leucorréias existem três agentes mais comuns: fungos entre eles se destaca a Candida albicans que produz uma vulvovaginite muito irritadiça com fortes coceiras, dor para urinar e um corrimento branco como "nata de leite". Uma outra leucorréia comum é a Gardinella vaginalis, um microorganismo que possui um órgão locomotor: o flagelo, causador de uma leucorréia de odor muito forte porém em pequena quantidade e por fim temos o Tricomonas vaginalis agente causador de um corrimento sem coceira e sem odor forte porém em grande quantidade. Ao surgimento de um corrimento não cabe à paciente fazer outro tratamento pois, além de poder estar tratando erradamente, ela pode estar selecionando o agente agressor fazendo que um tratamento posterior seja mais difícil, porém existem alguns cuidados que podem ser tomados para dificultar ou mesmo impedir o surgimento de leucorréias como:

  • use roupas mais leves. Calças jeans e de laicra só facilitam o surgimento de lucorréias;
  • não misture suas roupas com as de outras pessoas;
  • não faça duchas vaginais, pois elas só selecionam os microorganismos patogênicos.

O tratamento correto das leucorréias só pode ser feito pelo médico, além do mais, ele pode identificar um outro tipo de corrimento, a mucorréia, que trata-se do aumento da secreção vaginal sem agente patogênico use roupas mais leves. Calças jeans e de laicra só facilitam o surgimento de lucorréias;

  • não faça duchas vaginais;
  • evite o contato de suas roupas com as de outras pessoas;
  • o marido, portador de muitos agentes causadores de corrimentos, tem que ser tratado.
  • Dr. Alexandre Frederico
    Ginecologista e Obstetra - Campinas - SP

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