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Prof. Dr.
Renato Sabbatini
2. Vacinas: Juntamente com os antibióticos, foi a descoberta médica que mais salvou vidas e que aumentou a longevidade média humana em algumas décadas, ao prevenir que bilhões de crianças e adultos fossem afetados por doenças que devastaram a humanidade, como a varíola (a primeira doença natural extinta pela mão do homem), a febre amarela, a febre tifóide, a poliomielite (desenvolvida por Jonas Salk, em 1954), o tétano, a raiva, e tantas outras. E, ao contrário dos antibióticos, aos quais as bactérias podem se tornar resistentes, as vacinas, usadas praticamente primeira vez pelo médico inglês Edward Jenner, em 1796 (descobridor da vacina contra a varíola), são sempre efetivas. Também são as únicas armas para previnir doenças causadas por vírus. Quem sabe uma vacina salvará a humanidade de seu mais temível espectro, a AIDS? 3.
Anestesia: a luta para vencer a dor sempre foi uma prioridade para
a medicina, desde Hipócrates. Imaginem fazer uma cirurgia cardíaca
de quatro horas de duração sem anestesia: seria impossível.
Por isso é fácil ver como essa foi uma das mais importantes
descobertas/invenções médicas de todos os tempos.
Como as demais, é muito recente: apenas em 1846 que o dentista americano
Thomas Green Morton usou o éter pela primeira vez para fazer extrações
dentárias e cirurgias na cidade de Boston.
4.
Cirurgia asséptica: Antes da descoberta, pelo médico
inglês Joseph Lister, em 1865, que o fenol podia ser usado para esterilizar
os instrumentos cirúrgicos, campo operatório e mãos
dos cirurgiões, os hospitais eram campos de massacre, onde a maioria
dos pacientes que não morriam do trauma cirúrgico, pereciam
de infecções. Juntamente com a anestesia e os antibióticos,
a antissepsia foi responsável pelo grande avanço da cirurgia
como método científico de tratamento de inúmeras doenças,
ao longo do século XX.
5. Transplantes: A transfusão de sangue e o transplantes de órgãos, como os rins, córneas, pele, ossos, medula, coração e fígado, tornaram-se possíveis a partir das descobertas do cientista americano Alexis Carrel, nos anos 20s, que descobriu como manter tecidos vivos fora do corpo, por cirurgiões que desenvolveram as técnicas cirúrgicas e pós-cirúrgicas, como o Dr. John Murray, da Universidade Harvard (transplantes de rim) e o famoso Dr. Christiaan Barnard, que fez o primeiro transplante cardíaco na África do Sul, em dezembro de 1967. O futuro dos transplantes reside nas técnicas homólogas, utilizando a engenharia genética para fabricar cópias perfeitas dos nossos próprios órgãos, a partir de células-tronco (células embrionárias precursoras de todos os tecidos). 6.
Microscópio: é, seguramente, o instrumento mais importante
da história da medicina, tanto na pesquisa e ensino, quanto no diagnóstico
clinico. Sem ele não seria possível a bacteriologia, a histologia
(estudo dos tecidos orgânicos) e a patologia (estudo das bases orgâncias
das doenças). A partir de Antonie van Leeuwenhoek, o cientista holandês
que notabilizou o uso do microscópio, no século XVII, tornou-se
a ferramenta básica da pesquisa médica, sendo usado por grandes
nomes como Pasteur, Koch, Virchow, e muitos outros. Depois do microscópio
óptico, surgiram na segunda metade do século XX outras invenções
muito importantes, como o microscópio eletrônico, o microscópio
de varredura, e o microscópio de forças atômicas.
7.
Radiografia: uma das mais espetaculares e influentes invenções,
o aparelho de radiografia, pelo físico alemão Wilhelm Röntgen,
em 1895, revolucionou a medicina ao permitir que os médicos obtivessem
imagens não invasivas do corpo dos pacientes, ou seja, sem precisar
abri-los. Milhares de diagnósticos se tornaram possíveis,
desde fraturas até tumores, úlceras e distúrbios das
veias e artérias. Existem poucos seres humanos em sociedades modernas
que nunca tenham tirado uma radiografia.
Para Saber Mais
![]() Publicado em: Jornal Correio Popular, Campinas, 25/2/2000. Autor: Email:![]() WWW: http://www.sabbatini.com/renato/ Jornal: http://www.cosmo.com.br
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