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Correio Eletrônico

Aspiração de Veneno
16/10/97

Gostaria de informações sobre o procedimento que deve ser adotado para elimilar as consequências por aspiração de veneno contra cupim.
Esclareço que a pessoa passou por esse problema em novembro de 1995. Recentemente foi acometida por dengue e suas plaquetas estiveram em 95.000. Hoje, um mês depois, elas subiram para 165.000. Porém, a pessoa vem sentindo tremores, fadiga, especialmente à noite ou de madrugada.

Segundo informações da pessoa em questão, os médicos que a acompanham, disseram que ela vai conviver com esse problema o resto da vida, necessitando de acompanhamente e exames de 3 em 3 meses.

Pergunto: não existe nenhum meio desse veneno ser expelido do organismo? A desintoxicação através da medicina natural não será um caminho? Acredito muito nos meios naturais, pois quando criança um dos remédios que conheci foi a homeopatia.

Repito, gostaria de saber sobre a opinião desse conceituado grupo de profissionais sobre o assunto. Ainda, gostaria que a "medicina natural" fosse abordada em um dos artigos dessa importante e esclarecedora revista.

No aguardo da resposta, apresento meus respeitos e agradecimento pela atenção a esta solicitação.

Selma

Cara Selma,

Como você não informou qual o inseticida que provocou a intoxicação e nem se houve uma fase aguda, tentarei abranger o que for de maior importância.

INSETICIDAS

  • Naturais
    • piretrinas
    • nicotina
    • rotenona
  • Sintéticos
    • inorgânicos
      • arsenicais
      • sais de Cu, Hg, Pb
    • orgânicos
      • organoclorados
      • organofosforados
      • carbamatos
      • piretróides

Destes os mais usados atualmente são os organofosforados, carbamatos e piretróides, os demais têm uso muito restrito e alguns são de uso proibido.

Vários tipos de inseticidas podem permanecer por vários anos armazenados no organismo (por exemplo os organoclorados que ficam armazenados no tecido adiposo) e, em pessoas mais sensíveis, podem continuar provocando problemas crônicos. Outros inseticidas podem provocar profundos danos no fígado, rins, cérebro, e outros órgãos importantes, fazendo com que os pacientes precisem de tratamento continuamente. Muito do que comemos, bebemos ou mesmo respiramos têm agrotóxicos, mesmo que em baixas concentrações, podendo agredir indivíduos previamente lesados, mais sensíveis ou alérgicos.

Pessoas expostas a agrotóxicos (no caso um inseticida) podem apresentar sintomas vagos tais como: perda de peso, falta de apetite, mal estar geral, transpiração excessiva, fadiga, dores diversas, reflexos alterados, entre outros menos importantes.

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