O Sistema Circulatório

 
 




 

O coração começa a bater no peito do ser humano desde a quarta semana de gestação. Nesse período, seu tique-taque de sístole e diástole - movimentos de contração e dilatação - é muito rápido e irregular. Depois o batimento se normaliza e ganha rítmo. 


O sangue, que transporta nutrientes e oxigênio para todo o corpo e dele retira os resíduos, é bombeado pelo coração. Por isso, esse órgão exerce um trabalho vital: impulsionar o sangue vindo do organismo em direção aos pulmões para ser purificado (oxigenado), recebê-lo de volta dos pulmões e bombeá-lo de novo para o resto do corpo. Esse constante bomebeamento é feito por meio da sístole e da diástole, movimentos realizados por um sistema de fibras musculares cujas principais propriedades são excitabilidade e contratilidade automáticas, ou seja, conraem-se e expandem-se de forma involuntária (independente de nossa vontade).

Mesmo sendo um órgão pequeno e leve (ele mede cerca de 10 cm e pesa aproximadamente 250 g), o coração tem capacidade para conter perto de meio litro de sangue na cavidade interna, que se divide em quatro partes ou câmaras: duas superiores, os átrios, direito e esquerdo, isolados pelo septo interventricular.

A pequena e a grande circulação

O coração é o ponto terminal e inicial de dois circuitos cumpridos pelo sangue: a pequena circulação, trânsito do sangue entre o coração e os pulmões; e a grande circulação, trânsito do coração entre o coração e os demais órgãos.
O sangue chega ao organismo, trazido pelas veias cavas, superior e inferior, ao átrio direito. Daí, por contração, é despejado no ventrículo direito, através do orifício atrioventricular. Aderida à borda desse orifício, a válvula tricúspede - assim chamada por ser constituída de três cúspides, fechando-se, impede o refluxo do sangue para o átrio. Por nova contração, o sangue passa do ventrículo direito para a artéria pulmonar, impedindo de refluir por ação da válvula semilunar. Chegando aos pulmões, troca por oxigênio o gás carbônico de que vinha sobrecarregado. Transfere-se para as quatro veias pulmonares, que o devolvem ao coração, depositando-o no átrio esquerdo. Completou-se o circuito da pequena circulação.
A contração do átrio esquerdo joga o sangue para o ventrículo esquerdo, através do orifício atriovetricular, que na porção esquerda aloja a válvula mitral (uma válvula bicúspede), para bloquear o refluxo. Daí o sangue é expulso do coração para a aórta, que o carreia para o organismo todo. Este é o circuto da grande circulação

O primeiro a receber o novo sangue é o próprio coração, através dos primeiros ramos da aorta. São chamados vasos coronários, porque o ornam, como uma coroa a um rei.

Por que o sangue é vermelho?

A cor do sangue vem das hemácias, ou célula sanguíneas, que são vermelhas. As hemácias contém um pigmento vermelho iron-bearing chamado hemoglobina. A hemoglobina se liga facilmente com o oxigênio e o transporta atravésdo corpo. A tonalidade vermelha do sangue varia de acordo com a quantidade de oxigênio nela; o sangue é mais vivo e brilhante quando a hemoglobina está completamente carregada com oxigênio.

Os elementos do sangue são compostos por glóbulos vermelhos e brancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, e basicamente servem para carrear oxigênio ao organismo. Os glóbulos brancos são compostos por linfócitos, monócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, e possuem várias funções, entre elas a de combater  infecção e inflamação e coordenação da resposta imunologica do organismo.

O que é pressão arterial? 

O sangue efetua uma constante viagem no interior do corpo. Partindo do coração, através das artérias e arteríolas chega aos capilares. Destes, dirige-se às veias, para voltar ao coração. Para que este movimento não cesse, é necessária uma força que o mantenha. Esta força, ou pressão, é produzida pelo músculo cardíaco, que bombeia o sabgue. Entre um bombeamento e outro há um intervalo, mas é o suficiente para impedir que o sangue corra num fluxo contínuo. Por isso, se uma artéria é perfurada, o sangue não flui num jorro contínuo, mas em ondas sucessivas.
Com cada batida, o sangue bombeado do coração empurra e expande as paredes de dentro da artéria. A pressão do sangue, empurrando contra o lado de dentro da artéria, é chamada de pressão sanguínea. A parede da artéria é forte e elástica e pode facilmente resistir à força. Na sístole, o coração se contrai para impelir o sangue e a seguir, a diástole, é quando o coração "descança", isto é, se relaxa para receber sangue. Quando o coração relaxa, as fibras contraem-se. Este movimento de contração e distensão permite que observemos a pulsação cardíaca pela palpação de alguns vasos à flor da pele - por exemplo, no pulso (artéria radial) ou no pescoço (artéria carótida).

Como se mede a pressão arterial?

A medida de pressão se faz com o esfgmomanômetro, que consiste de uma manga inflável que é presa à parte superior do braço. Um aparelho especial para medida de pressão (manômetro) é ligado a ela.
O profissional de saúde coloca o aparelho e apalpa o pulso. 
Vagarosamente, bombeia o ar para o interior da manga, até que a pulsação não seja mais sentida. O desaparecimento da pulsação acontece porque a manga inflada comprime a artéria umeral, achatando-a: o sangue não consegue passar para alcançar o pulso. Neste ponto, o edidor do aparelho registra a pressão sistólica, que o homem se situa em média entre 10 e 16 cm de mercúrio. A medida da pressão diastólica é um pouco mais complicada. No momento em que se mediu a pressão sistólica, comprimindo-se ao máximo a manga em torno do braço, o médico afrouxa ligeiramente a válvula, que permite o escapamento de ar. O ar sai, então, muito vagarosamente. Enquanto isso está acontecendo, o médico está aguradando ouvir sons através d eum estetoscópio colocado na parte da frente do cotovelo. À medida que a manga vai se alragando, ele ouve uma série de sons que depois pára. Este é o momento da diástole, que varia entre 6 e 10 cm de mercúrio.

Por que os tipos de sangue são importantes?

Quando um paciente recebe transfusão de sangue de outra pessoa, o sangue deve ser compatível. Se o paciente receber o tipo errado de sangue, o seu próprio sangue pode reagir contra o novo sangue de forma que as células vermelhas podem coagular-se ou aglutinar-se, podendo até levar à morte.

Copyright © 2000 Silvia Helena Cardoso

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Cedido para o Núcleo de Informática Biomédica da UNICAMP
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