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Correio Eletrônico

Tuberculose
15/05/97

O que é, como se contrai e qual a cura para a Tuberculose? Gostaria de saber mais sobre esta doença.
Anônimo
A Tuberculose é uma doença crônica, infecto-contagiosa, produzida pelo Mycobacterium tuberculosis e que se caracteriza anátomo-patológicamente pela presença de granulomas e de necrose caseosa central, ainda representa um grande problema em Saúde Pública.
Dados recentes do Ministério da Saúde indicam um aumento de sua incidência em todo o território nacional.
A via de transmissão da doença se dá a partir de um paciente portador de tuberculose na forma pulmonar e que apresente a presença de bacilos no escarro. No ato de tossir, falar, espirrar estas bactérias (bacilo de Koch) são colocadas em suspensão no ar como gotículas microscópicas (chamadas degotículas de Pflugge) e ao serem aspiradas por uma pessoa sã, ultrapassam os mecanismos de defesa da árvore respiratória, vindo a se depositar nosalvéolos pulmonares onde então iniciará o processo patológico da doença. Outras vias de transmissão são também possíveis como a digestiva, cutânea e outras mas são raras e não possuem importância epidemiológica.
Essa microbactéria se caracteriza por ser álcool-ácido-resistente em colorações de laboratório feitas no exame de escarro ou outroslíquidos, com taxa de crescimento lento.

Tuberculose de primo-infecção

Atinge os alvéolos onde em seguida se desenvolve uma reação inflamatória com adenopatia satélite, constituindo o que chamamos de complexo primário.
Este complexo pode ter evolução abortiva e passar despercebido. Quando não evoluiu para a cura, pode ser desenvolvida reação intensa, formação de cavernas (por necrose do tecido pulmonar), disseminação através dos brônquios ou do sangue e acometimento da pleura. No Brasil a primoinfecção acontece na faixa etária até os 10 anos. Este complexo primário ficará sem evoluir na dependência do sistema imunológico (defesas do indivíduo).

Tuberculose de reinfecção

Pode surgir de uma fonte endógena ou exógena. É a tuberculose pulmonar crônica, indivíduo em 80% dos casos. As complicações da vacina no local da aplicação são o abcesso local, gânglio satélite eulceração. A proteção é duradoura.
O tratamento é feito através de drogas, e é eficaz. Hoje em dia são usadas a rifampicina, isoniazida, pirazinamida, estreptomicina, etambutol,etionamida e outras.
Estas drogas produzem diversos efeitos colaterais e desta forma o acompanhamento médico é imperativo.
O esquema atualmente mais utilizado é o RIP (rifampicina, isoniazida epirazinamida) num esquema de seis meses de terapia, dito tríplice para diminuir a possibilidade de resistência das drogas e de diminuir a população bacteriana a curto prazo.

Formas extratorácicas

Pode ser renal, óssea, oftálmica, intestinal, ganglionar e outras.

Dr. Jorge W. Magalhães de Souza - Clínica Médica/ Perícia Médica - Rio de Janeiro/RJ

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