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Depressão. Tudo o que você precisa saber.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco

Depressão é o nome que se dá a certos estados de sofrimento psíquico, que podem causar desordens no comportamento, na afetividade, no humor e na relação com o meio ambiente. Várias fatores são responsabilizados como causadores de depressão: hereditários, constitucionais, biológicos, psicológicos e sociais.

A depressão pode se manifestar de diferentes formas e, por isso, são inúmeros os sintomas que se envolvem e se associam para determinar o seu diagnóstico. Além disso, é uma doença que pode atingir pessoas de todas as idades, mesmo aqueles jovens em que a variação de humor, as crises emocionais e a rebeldia possam parecer normais para a idade.

É uma doença que apresenta sintomas de duração e gravidades importantes, podendo, inclusive, comprometer a pessoa que está deprimida a levar uma vida normal. Além do tratamento psicoterápico, há necessidade de se introduzir o tratamento farmacológico ou biológico.

O tratamento feito por psicólogos ou psiquiatras ou mesmo pelo médico da família é muito importante para o paciente compreender a doença e desenvolver formas de lidar com ela, mas a ajuda da família e dos amigos é muito mais importante na recuperação desse paciente. O tratamento é demorado e os resultados não são imediatos, por isso, é preciso der muita paciência e força de vontade.

Os sintomas da depressão e suas conseqüências

  • ISOLAMENTO DO CONVÍVIO FAMILIAR - O isolamento ocorre porque há perda de parte da identidade e do interesse pelas outras pessoas. Este isolamento agrava ainda mais a doença e seus sintomas.

  • DESINTERESSE PELAS ATIVIDADES NORMAIS - A pessoa quando está deprimida acredita que o seu desejo nunca será alcançado, por isso perde a busca pelo ideal, pelos objetivos e pelo amor próprio, havendo pouca ou nenhuma coisa que lhe desperte o interesse.

  • PERDA DA AUTO-ESTIMA - O deprimido perde a autoconfiança, levando-o a um estado de auto depreciação. O sentimento de culpa é um estado doloroso, no qual a pessoa se vê como alguém que está quebrando uma regra, porém, manifesta-se de maneira hostil ou agressiva.

  • CONCENTRAÇÃO DIMINUÍDA - O paciente perde o interesse, fica abatido e ansioso e tem dificuldade de interpretar o mundo à sua volta.

  • INQUIETAÇÃO E HOSTILIDADE - Em alguns quadros o paciente fica de se negar a comer. Entretanto, também é freqüente um aumento exagerado do apetite.

  • DIMINUIÇÃO DO APETITE SEXUAL - Normalmente o deprimido perde o interesse e a satisfação sexual, que vêm também acompanhados da perda de esperança em relação ao futuro.

  • CANSAÇO - O humor triste, o ânimo e a energia baixos levam o deprimido a um quadro de fadiga crônica, com diminuição da força e da atividade física.

  • INSÔNIA - É um quadro comum e acompanhado de dores crônicas de cabeça ou de distúrbios gastrointestinais. O quadro também pode ser o inverso, um estado de sonolência permanente, com total apatia, cansaço e lentificação.

  • IDÉIA DE SUICÍDIO - O baixo rendimento no trabalho ou na escola, a tristeza, as alterações da personalidade e do comportamento, a desesperança, a agressividade, a sensação de pânico e o fato de falar constantemente na morte, podem ser sinais indicativos dos risco de suicídio da pessoa deprimida. A intervenção deve ser imediata, tanto do ponto de vista psicoterápico como farmacológico.

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