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Impotência Sexual.
Um fantasma que não assusta
mais.
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A impotência
quase sempre tem cura e para curá-la o homem tem à sua disposição
vários recursos que vão desde a psicoterapia até injeções
e próteses sofisticadas. A impotência dá medo, mas
a recíproca também é verdadeira: medo causa impotência.
Este medo
tem enorme base cultural, a impotência sempre foi um assunto cercado
de tabus. Mas, o que realmente significa a impotência? é uma
disfunção erétil que incapacita o homem a obter ou
manter ereções suficientemente rígidas para a penetração
vaginal impedindo a satisfação sexual. Alguns urologistasacreditam
que, de um modo geral, as causas da impotência são 70% dos
casos por problemas psicológicos (atinge 95% dos casos com 20 anos;70%
aos 48 anos; 30% entre os 60 e 70 anos) e 30% por problemas orgânicos.
Seja qual
for a natureza, orgânica ou psicológica, a impotência
tem cura e o primeiro passo para a cura é, obviamente,o diagnóstico
correto. Um dos exames realizados para estes diagnósticos é
eletroneuromiografia, ou teste de intumescência peniana noturna,
realizada com auxílio de um equipamento denominado Rigiscan, em
laboratório de sono. Como todo homem tende a ter ereção
dormindo, o aparelho mede a sua qualidade e a quantidade durante a fase
do sono chamada REM (sigla inglesa para RAPID EYES MOVIMENT, ou movimento
ocularrápido). O equipamento possui dois anéis conectados
a eletrodos, colocados em volta do pênis, que analisam a qualidade
das ereções noturnas e traçam um gráfico completo.
Se as ereções espontâneas forem satisfatórias,
isto significa que o sangue chega ao pênis e é corretamente
represado. O distúrbio, portanto, tem fundo psicológico.
Outro recurso
usado para o diagnóstico é o Duplex scan ou ecodoplerpeniano,
usado para medir o fluxo arterial e identificar eventuais obstruções
no membro masculino.
Não
se sabe exatamente por que ocorrem as ereções noturnas e
matinais. Determinados especialistas sugerem que a noturna acontece provocada
por sonhos eróticos, enquanto as matutinas pelo acumulo de urina
na bexiga. Alguns métodos populares é o de tomar sucessivos
copos d'água antes de deitar, para acordarem "em ponto de bala"
na manhã seguinte. Este método não é certo
mas, muitas vezes dá certo, pois a bexiga cheia pode provocar um
estímulo nervoso reflexo que favorece a ereção. Outro
método menos popular são as injeções intracavernosas
(isto é, dentro do corpo cavernoso do pênis) de substâncias
como a prostaglandina E1 efentolamina, que aumentam o fluxo sangüíneo
das artérias, diminuem o calibre das veias e relaxam a musculatura
local, produzindo a ereção. O exame é feito no consultório
e o remédio faz efeito em 10 a 20 minutos, quem tem problemas psicológicos
responde positivamente a este exame.
Quando a suspeita
é a qualidade da musculatura, recorre-se à biópsia
do tecido peniano.
Outros
fatores orgânicos que podem provocar a impotência.
Entre eles
estão:
-
as doenças
vasculares, que causam entupimento das artérias e veias, prejudicando
a chegada do sangue ao pênis;
-
as patologias
que comprometem o sistema nervos, como a Diabetes melitus;
-
a falta do hormônio
masculino testosterona, que começa a declinar a partir dos 45 anos
de idade, mas é essencial para o funcionamento do mecanismo de ereção;
-
disturbios como
o priapismo, que provoca a coagulação do sangue dentro do
corpo cavernoso, levando à impotência irreversível.
-
A impotência
orgânica pode ainda ser decorrente de rompimento da estrutura, uma
espécie de fratura do pênis, devido a acidentes;
-
insuficiência
veno-oclusiva, existente quando o corpo cavernoso se enche de sangue mas
não distende o bastante para comprimir as veias contra a parede
do pênis. Com isso, o sangue não é represado o suficiente
para garantira ereção;
-
assimetrias do
corpo cavernoso, decorrentes de má formação congênita;
-
o fumo, o álcool
e alguns medicamentos também são apontados como prováveis
causadores da função erétil.
E as
causa psicológicas?
Depois de
excluídas as causa orgânicas, o que leva o homem a não
conseguir a ereção, principalmente os jovens, é a
ansiedade, misturada à insegurança e ao medo de não
"cumprir direito o seu papel". O homem é educado para ser "macho"
e sua auto-estima está diretamente ligada a sua capacidade sexual.
Por isso, quando o homem falha na cama, ele se sente um fracassado. Neste
caso o próprio medo do fracasso faz descarregar na corrente sangüínea
grande volume de adrenalina, hormônio secretado pela glândula
supra-renal que ativa certos neurotransmissores, mas inibe outros, entre
os quais aqueles responsáveis pelo mecanismo da ereção.
A falha também
pode estar relacionada a dificuldades em criar vínculos afetivos
ou ainda a conflitos relacionados à figura paterna. A liberação
da mulher moderna também contribui para o aumentar a insegurança
do homem.
A impotência
causada por problemas psicológicas, especialmente na faixa etária
entre os 35 e 40 anos, também podem ser resultados em crises existenciais.
Essa é uma fase de reavaliação da vida, da profissão
e do casamento. Se ele tem problemas, corre o risco de se tornar depressivo
e a depressão leva o homem a comer demais, beber demais e autilizar
de drogas ou tranqüilizantes.
Outro fator
importante e que pode interferir na ereção, é o medo
de contrair AIDS ou mesmo a culpa, nos casos dos homosexuais em relação
conflituosa com a sua opção.
Alguns métodos
que podem ajudar
-
PSICOTERAPIA
- Terapias breves, individuais ou de casal, centradas na vida afetiva e
sexual, com duração de três meses a um ano.
-
HORMÔNIOS
DEPOIS DOS 45 ANOS - Somente pode ser usado para homens com deficiência
comprovada na produção de testosterona, hormônio essencial
no mecanismo da ereção e cuja concentração
no sangue tende a declinar por volta dos 45 anos. Deve-se tomar cuidado,
pois este hormônio mal empregado pode aumentar a probabilidade de
incidência de câncer de próstata.
-
AUTO-INJEÇÃO
- a auto-injeção é uma técnica que beneficia
impotentes que possuem corpos cavernosos saudáveis. Paralíticos
e diabéticos costumam obter bons resultados. Existem no mercado
26 drogas indutoras de ereção, usadas em forma de injeção.
Mas uma overdose de qualquer uma dessas substâncias pode provocar
priapismo, ou seja, ereção prolongada e dolorosa do pênis,
com risco de necrose.
-
DILATADORES VIA
URETRA - Lançado recentemente na Califórnia, esse recurso
dispensa injeções e cirurgias. Através de um pequeno
êmbolo, de aproximadamente 3 milímetros de diâmetro,
inserido na uretra, são introduzidos relaxantes musculares e dilatadores
de vasos sangüíneos que induzemà ereção.
Uma vez que o medicamento é absorvido pela mucosa, o êmbolo
é retirado.
-
PRÓTESE
- As próteses consistem em duas hastes implantadas dentro do corpo
cavernoso. Pode ser rígida, semiflexível ou flexível,
esta última a mais usada hoje. As próteses são implantadas
com anestesia local, em um pequeno corte na base do pênis. O paciente
volta para casa no mesmo dia, e em um mês, retorna suas atividades
sexuais.
-
GÉIS E
CREMES - Existe controvérsia em torno da utilização
de géis e cremes à base de prostaglandina. Uns dizem que
é psicológico, outros que os cremes são eficazes,
sem risco de priapismo.
-
ENRIJECIMENTO
POR SUCÇÃO - Este aparelho de origem americana,produz enrijecimento
peniano por meio da sucção a vácuo. Coloca-se o pênis
dentro de um cilindro e retira-se todo o ar do recipiente. Ao se criar
o vácuo, o sangue enche os corpos cavernosos. Para manter este estado,
comprime-se a base do pênis com anéis de borracha, que não
devem ser usados por mais de 30 minutos. Embora aceito por alguns homens,
o sistema apresenta vários inconvenientes: comprime a uretra, pode
causar dor na ejaculação ou até impedir a saída
do esperma. Além disso, a sucção eventualmente provoca
hematomas.
Lúcia
Helena Salvetti De Cicco

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