Os Ossos e o Esqueleto (I)







Geralmente tendemos a pensar que nosso esqueleto é simplesmente alguma coisa dura, que fica no fundo de tudo o que é vivo no organismo. Mas o esqueleto é muito mais que isso, ele é um movimentado armazém de minerais que é fundamental para o nosso bem-estar. Completamente segmentado, maravilhosamente articulado, o esqueleto nos mantém eretos e nos permite andar, dançar, tocar instrumentos e fazer todos os tipos de movimentos necessários a nossa vida. 

Imagine por um momento se você não tivesse um esqueleto: você seria um monte de geléia incapaz de movimentar qualquer parte do corpo. Essa armação do corpo funciona como suporte e proteção dos órgãos, principalmente os mais delicados, de serem porque envolve os órgãos vitais contidos no crânio, abdome e tórax. Na região do tórax, as 24 costelas servem como escudos para o coração e pulmões e são unidas ao esterno pela frente e pela coluna vertebral por tráz, a qual é constituída de ossos sobrepostos, as vértebras. 

O esqueleto serve somente para proteger a carne? 

Não. O esqueleto fornece também um conjunto essencial de materiais vitais, dos quais os mais importantes são o cálcio e o fosfato. Sua conveniente dureza foi utilizada pela evolução para servir às funções secundárias de locomoção e proteção de várias maneiras, que se alteram ao longo dos séculos. Há bilhões de anos, nossos ancestrais, organismos unicelulares que flutuavam no oceano, não precisavem de um esqueleto. Todo o cálcio e o fosfato de que necessitavam, eram encontrados em abundância na superfície da água. Mas ascriaturas multicelulares, especialmente quando migraram do oceano para a terra seca, necessitavam de algo que lhes permitisse carregar uma adequada reserva de cálcio e fosfato, sem a qual não sobreviveriam. Surgiu dessa necessidade o esqueleto, um lar fora de casa para as células que trocaram o mar pela terra.

O esqueleto do bebê

Quando o bebê nasce, seu esqueleto é formado predominantemente de cartilagem, um tecido elástico, composto por fibras que operam  juntamente com o osso para a formação do sistema ósseo adulto. O bebê nasce com 350 ossos moles, mas muitos deles se fundem a medida que ele vai cresecendo. Por esta razão, o esqueleto típico de um adulto tem somente 206 ossos que funcionam como alavanca para os músculos se movimentarem. 
 

O crânio, que parece ser um osso único, apresenta, na verdade, 29 ossos que se encaixam e protege o cérebro, olhos e ouvidos internos. 

A parte interna dos óssos é composta por células que estão arranjadas em milhares de cilíndros que ajudam a distribuir as forças que atuam sobre os ossos. Aí estão abrigadas as células formadoras de sangue. A medula óssea (conhecida porpularmente como tutano) é o "miolo" do osso composto por células que produzem a maioria das as hemácias (células vermelhas dos sangue) e leucócitos (células brancas do sangue). Os óssos são compostos por minerais, principalmente cálcio e fósforo, que aumentam sua força e rigidêz. 

Na criança pequena, todos os ossos contêm a medula que produz células sangüínea, mas no adulto ela só permanece ativa nos ossos do tórax.
 
 

A forma dos ossos 

Os ossos são classificados de acordo com sua forma. Eles podem ser longos, curtos, achatados, ou irregulares. O maior deles, o fêmur, é um longo osso na coxa. O fêmur representa 25% do peso do corpo.

O desenvolvimento dos ossos

O osso, por ser um tecido vivo e ativo, se renova constantemente até a fase da adolescência, que é quando ele amadurece em seu estado adulto. 

Na infância, o esqueleto passa por diversas etapas de desenvolvimento e fortalecimento. Nesta fase, novas células ósseas são formadas, enquanto as células antigas são frequentemente reabsorvidas.

O crescimento dos ossos longos acontece principalmente na epífise, ou cabeça do osso. Ferimentos nessa região podem prejudicar o crescimento ósseo.

Como fortalecer os Ossos? 

Não somente exercícios físicos, mas também a composição de uma dieta correta, composta de vitaminas, principalmente a vitamina D, minerais como o cálcio, e proteínas ajudam o desenvolvimento de ossos.

Por que o cálcio é importante para os ossos?

Este elemento é vital para a passagem das comunicações eletroquímicas entre uma célua e outra. todo processo em que há um estímulo e resposta requer a presença do cálcio, que deve existir continuamente em estoque e numa combinação exata. E o organismos não pode depender de uma fonte tão irregular como a alimentaÇão. Quando há cálcio em excesso nos fluídos que circundam as células, o sistema nervoso fica superexcitado, e descarrega a energia espontaneamente, causando espasmos, contrações dolorosas e até morte. Ao contrário, quando há falta de cálcio, o sistema nervoso se torna indolente e os músculos enfraquecem. O fosfato, que contrabalança a acidez, não é menos fundamental

Problemas ósseos

Alguns dos problemas mais comuns nos óssos são as fraturas, luxações das articulações e estiramentos musculares. As vezes a espinha tende a se curvar para o lado, um problema conhecido com escoliose. Essa condição precisa ser constatada desde cedo para que haja tratamento satisfatório.

Copyright © 2000 Silvia Helena Cardoso
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Cedido para o Núcleo de Informática Biomédica da UNICAMP
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