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Métodos Anticoncepcionais
Pílulas
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Dra
Silvia Helena Cardoso
Conhecidos
também como "pílula", os anticoncepcionais anovulatórios
por via oral são atualmente o método mais popular de controle
da natalidade. As pílulas são hormônios sintéticos
similares ao estrógeno e progesterona, os hormônios naturais
produzidos pelo corpo da mulher. As pílulas atuam prevenindo a ovulação,
ou seja, o óvulo não é liberado pelo ovário,
como ocorre normalmente, aproximadamente no meio do ciclo menstrual. Deste
modo não ocorre fertilização pelo esperma.
Algumas pílulas
também causam um espessamento do muco cervical (secreção
natural espessa logo à entrada do útero), dificultando a
entrada do esperma no útero.
A pílula
possui diversas vantagens:
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Pode proteger contra
câncer uterino e ovariano
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Reduz a cólica
menstrual e a tensão pré-menstrual
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Os períodos
ficam mais regulares
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É fácil
de usar e barata
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Pode reduzir a acne
Mas também
possui algumas desvantagens:
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Pode causar efeitos
colaterais em algumas mulheres, como náusea, sensibilidade dos seios,
ganho de peso ou retenção de água, alterações
no humor, manchas na pele, dor de cabeça, aumento na pressão
sangüínea.
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Em
algumas mulheres podem causar riscos à saúde. Desta forma,
mulheres fumantes, com problemas cardíacos, com doenças do
fígado e do coração, hipertensão, suspeita
de gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, enxaqueca, derrame, ou obesidade
não devem usar pílulas.
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É
menos efetiva quando tomada com algumas drogas. Certas medicações,
especificamente antibióticos e remédios para crise, intereferem
com as pílulas tornando o controle menos efetivo.
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Uma
falha no esquema de tomar a pílula pode cancelar ou diminuir sua
efetividade;
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Tomada
por muito tempo, pode aumentar risco de câncer de mama;
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Não
se recomenda para mulheres com menos de 16 ou mais de 40 anos.
Existem
diversos tipos de pílulas. As mais comuns receitadas atualmente
são:
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pílulas
monofásicas: toma-se uma pílula por dia, e todas têm
a mesma dosagem de hormônios (estrogênio e progesterona). Começa-se
a tomar no quinto dia da menstruação, ou no primeiro domingo
depois de terminada a menstruação, até a cartela acabar.
Fica-se sete dias sem tomar, durante os quais sobrevém a menstruação;
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pílulas
multifásicas: toma-se uma pílula por dia, mas existem pílulas
com diferentes dosagens, conforme a fase do ciclo. Por isso, podem ter
dosagens mais baixas, e causam menos efeitos colaterais. São tomadas
como as pílulas monofásicas, mas têm cores diferentes,
de acordo com a dosagem e a fase do ciclo: não podem ser tomadas
fora da ordem;
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pílulas
de baixa dosagem ou minipílulas: têm uma dosagem mais
baixa e contém apenas um hormônio; causando menos efeitos
colaterais. São indicadas durante a amamentação, como
uma garantia extra para a mulher. Devem ser tomadas todos os dias, sem
interrupção, inclusive na menstruação.
Idealmente,
a pilula só deve ser tomada depois de se fazer um exame médico
completo em um ginecologista, que receitará a mais adequada para
cada caso.
O
que fazer se esquecer de tomar:
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Se
pulou um dia, tomar dois no dia seguinte e continuar a cartela normalmente;
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Se
pulou dois ou mais dias, parar de tomar e esperar vir a menstruação.
Usar outro método anticoncepcional nesse período (camisinha,
diafragma, etc.), ou abster-se. Se teve relações sexuais
durante os dias que esqueceu, pode ocorrer a gravidez, mas depende do período
do ciclo menstrual em que falhou. Recomeçar a tomar no quinto dia
da menstruação.
Índice de
falha: 0.1% a 5%


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